quinta-feira, dezembro 28, 2006
quarta-feira, dezembro 27, 2006
sexta-feira, dezembro 22, 2006
No entanto, outras coisas bizarras sucedem, a que não posso ficar indiferente: trata-se das pessoas que por excesso de generosidade ou equívoco mencionam este estabelecimento como um dos melhores. A essas eu agradeço, até por que são poucas e eu não gosto de fazer links: obrigado à Ana, que não deixa mal a sua família de excelentes bloggers; obrigado ao Luís Serpa, que mantém um blogue civilizado e culto graças à mão firme do seu skipper ( e me mata de inveja com as fotos das suas navegações); e obrigado à Carla, blogger in excelsis mas sobretudo alguém que pratica a amizade sábia e generosamente. Se de alguém me esqueci, aqui me penitencio.
Apenas irei referir um blogue neófito mas que de imediato me conquistou: o Pastoral Portuguesa, do Rogério Casanova, pela mistura maravilhosa de erudição, humor e estar-se nas tintas para o que acabei de escrever. E claro, um abraço special para os meus companheiros de trincheira, uma equipa de all-stars-but-one, o 31 da Armada. Posto isto, um Santo Natal para todos.
quarta-feira, dezembro 20, 2006
COISAS PARA DIZER A EVA GREEN
James Bond: Dry Martini.
Bartender: Oui, monsieur
James Bond: Wait... Three measures of Gordons; one of Vodka, half a measure of Kina Lillet. Shake it over ice, add a thin slice of lemon peel.
James Bond: I think I'll call it a Vesper.
Vesper Lynd: Why? Because it leaves a bitter aftertaste in your mouth?
James Bond: No, because once you've tasted it, you won't want anything else
terça-feira, dezembro 19, 2006
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Fine And Mellow
O ano é 1957. Billie Holiday está com a voz carregada de vida, de excesso de vida de que de resto iria morrer no ano seguinte. Por isso mesmo, este blues simples ganha uma força extraordinária, ainda por cima servido por várias gerações de astros do jazz: Ben Webster, Lester 'The Prez' Young, Coleman Hawkins ou Gerry 'Cool' Mulligan representam escolas e tempos diferentes de saxofonistas. Particularmente comovente é o olhar que Holiday faz aquando do solo do seu amigo [o segundo solista], ex-amante e cúmplice musical Lester Young. Um dos momentos mais bonitos na história da música popular.
*com um obrigado ao Gonçalo Rosas, pela ajuda a um ignorante informático.
NO PROMISES, DISSE ELA. E fez muito bem em dizê-lo. O disco é formalmente igual ao anterior, desta vez com a voz de Bruni a inquietar-nos em inglês. Mas o que canta a moça? Yeats, Auden, Emily Dickson, Christina Rossetti, Walter De La Mare e muito adequadamente, Dorothy Parker. Que se lixem as promessas: esta mulher merece-me uma estátua, um lugar vitalício nos meus sonhos. Até 15 de Janeiro, dia em que o disco será editado, fique-se com o video e alguns temas aqui.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Love At First sight é o romantismo minimal, guitarrras sussurradas, onde tudo fica por dizer e nada fica para dizer. Brilhantíssimo. Neste processo, descobri um excelente blog:este, e o mp3 de Love At First Sight aqui mesmo.
segunda-feira, dezembro 11, 2006
sexta-feira, dezembro 08, 2006
THE ONLY POEM
This is the only poem
I can read
I am the only one
can write it
I didn't kill myself
when things went wrong
I didn't turn
to drugs or teaching
I tried to sleep
but when I couldn't sleep
I learned to write
I learned to write
what might be read
on nights like this
by one like me
Leonard Cohen
quarta-feira, dezembro 06, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Tears, idle tears, I know not what they mean,
Tears from the depth of some divine despair
Rise in the heart, and gather to the eyes,
In looking on the happy autumn-fields,
And thinking of the days that are no more.
Fresh as the first beam glittering on a sail,
That brings our friends up from the underworld,
Sad as the last which reddens over one
That sinks with all we love below the verge;
So sad, so fresh, the days that are no more.
Ah, sad and strange as in dark summer dawns
The earliest pipe of half-awakened birds
To dying ears, when unto dying eyes
The casement slowly grows a glimmering square;
So sad, so strange, the days that are no more.
Dear as remembered kisses after death,
And sweet as those by hopeless fancy feigned
On lips that are for others; deep as love,
Deep as first love, and wild with all regret;
O Death in Life, the days that are no more!
Alfred Lord Tennyson
O que é que lhe diz a palavra ?blogosfera??
Pedaços de idiossincracias, bitaites geniais, comentários sérios, deslumbres, ensaios, seduções, insultos, baixezas e vilanias, liberdade, paciência, irritações, amores e ódios. A vida sem ser a vida.
Qual foi o acontecimento (nacional ou internacional) que mais intensamente seguiu apenas através de blogues?
Apenas por blogues, nenhum, até por questões profissionais. Mas quer-me parecer que se isso acontecesse faria de mim um homem muito triste e solitário.
Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Desde logo, a redescoberta da paixão, que andava escondida nos media tradicionais. Paixão ideológica, amorosa, bibliófila, filosófica. Depois permitiu-me chegar a pessoas que seria difícil de conhecer de outra maneira; dessas fiquei amigo de algumas e correlegionário de outras. De um ponto de vista ainda mais pessoal, os blogues também tiveram o seu papel. Mas disso não falo.
Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
É pelo menos a mais livre, com tudo o que isso implica. Não há polícia nem porteiro nem consumo mínimo: tudo está dependente do bom-senso e da boa educação. E, milagrosamente, a coisa funciona.
segunda-feira, novembro 27, 2006
Já não bastava o homem ser genial em The Office. Agora, em Extras - que a nossa excelsa televisão fez o favor de anunciar muito discretamente e acho muito bem - , Gervais continua a ser castigado. No episódio de domingo passado foi Ben Stiller. Aqui é Bowie que o humilha, num vintage Gervais confrangedor. Ver até ao fim.
domingo, novembro 26, 2006
PASTELARIA
Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte
nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o
negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter
horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema
madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora ? ah, lá fora! ? rir de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
Nobilíssima Visão (1945-1946), in burlescas, teóricas e sentimentais (1972)
Adenda essencial, retirada do site já citado: « What makes this band different from The Magnetic Fields is that any glimmer of hope is absolutely extinguished. »
terça-feira, novembro 21, 2006
Four o'clock in the afternoon
and I didn't feel like very much.
I said to myself, "Where are you golden boy,
where is your famous golden touch?"
I thought you knew where
all of the elephants lie down,
I thought you were the crown prince
of all the wheels in Ivory Town.
Just take a look at your body now,
there's nothing much to save
and a bitter voice in the mirror cries,
"Hey, Prince, you need a shave."
Now if you can manage to get
your trembling fingers to behave,
why don't you try unwrapping
a stainless steel razor blade?
That's right, it's come to this,
yes it's come to this,
and wasn't it a long way down,
wasn't it a strange way down?
There's no hot water
and the cold is running thin.
Well, what do you expect from
the kind of places you've been living in?
Don't drink from that cup,
it's all caked and cracked along the rim.
That's not the electric light, my friend,
that is your vision growing dim.
Cover up your face with soap, there,
now you're Santa Claus.
And you've got a gift for anyone
who will give you his applause.
I thought you were a racing man,
ah, but you couldn't take the pace.
That's a funeral in the mirror
and it's stopping at your face.
That's right, it's come to this,
yes it's come to this,
and wasn't it a long way down,
ah wasn't it a strange way down?
Once there was a path
and a girl with chestnut hair,
and you passed the summers
picking all of the berries that grew there;
there were times she was a woman,
oh, there were times she was just a child,
and you held her in the shadows
where the raspberries grow wild.
And you climbed the twilight mountains
and you sang about the view,
and everywhere that you wandered
love seemed to go along with you.
That's a hard one to remember,
yes it makes you clench your fist.
And then the veins stand out like highways,
all along your wrist.
And yes it's come to this,
it's come to this,
and wasn't it a long way down,
wasn't it a strange way down?
You can still find a job,
go out and talk to a friend.
On the back of every magazine
there are those coupons you can send.
Why don't you join the Rosicrucians,
they can give you back your hope,
you can find your love with diagrams
on a plain brown envelope.
But you've used up all your coupons
except the one that seems
to be written on your wrist
along with several thousand dreams.
Now Santa Claus comes forward,
that's a razor in his mit;
and he puts on his dark glasses
and he shows you where to hit;
and then the cameras pan,
the stand in stunt man,
dress rehearsal rag,
it's just the dress rehearsal rag,
you know this dress rehearsal rag,
it's just a dress rehearsal rag.
segunda-feira, novembro 20, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
Assim sendo , aqui fica o que consegui encontrar, sem ordem de irritação para terceiros ou importância:
1.É-me dificil completar mais de quatro frases sem lá meter uma expressão idiomática anglo-saxónica, ou uma mera palavrinha que seja. Como tenho amigos que fazem o mesmo, não dou por isso; os outros aguentam ou maçam-se.
2.Tenho a mania de que sei gramática e escrever. Mas passa sempre.
3.Tenho uma obsessão de classe média pelas boas maneiras. «Manners before morals» não é para mim um aforismo giro: é a Verdade.
4.Sou excessivamente educado com empregados de mesa em particular e funcionários públicos em geral.
5.Pior ainda, justifico literariamente a alínea anterior mal tenha oportunidade («Estás a ver o Anthony Beavis do Eyeless In Gaza, do Huxley ? Aquela parte em que ele é super-educado com uma florista porque assim se protege das« classes baixas»...). Deus me perdoe.
6.Aplico uma canção a qualquer episódio da minha vida, transformando-a assim num ciclópico musical.
7.Tenho a mania de que sou o português que mais sabe sobre Frank Sinatra e tudo à volta. E desculpem lá, provavelmente é verdade.
8.Quando vou conhecer alguém, gosto de ir carregado de preconceitos, para confirmar ou deslumbrar-me.
9.Fico contente por ficar triste (cá está: Glad To Be Unhappy, Richard Rodgers/Lorenz Hart)
10.Tenho a mania de me apaixonar.
Já chega. Agora é convosco, Margot, Tiago, Tiago e maradona. Se tiverem pachorra, claro.
domingo, novembro 12, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
E depois de uns posts existenciais e semi-crípticos, um docinho. Os Dandy Warhols dificilmente entrarão para a história da música, mas ninguém os pode acusar de não fazerem belas canções de refrão certinho. Este Not if you were... tem toda a imagem de marca dos rapazes: tema simples e contagiante, com espaço para uma letra divertida e blasé (puro dandismo) que culmina no maravilhoso refrão "I never thought you'd be a junkie/'cause heroin is so passé"... O video é de David Lachapelle e a teclista é gira.
sábado, novembro 04, 2006
One struggle more, and I am free
From pangs that rend my heart in twain;
One last long sigh to love and thee,
Then back to busy life again.
One struggle more and I am free, Lord Byron (excerto)
Quando chega, meus amigos, não há juizo nem idade que nos valha. Tentemos agora ficar por aqui. Mas nada de promessas: deveríamos já saber que quem promete, aposta.
sexta-feira, novembro 03, 2006
quarta-feira, novembro 01, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
Então, Max Raabe. O homem que quer reviver as orquestras de Berlim nas décadas de 20 e 30 e francamente consegue-o. Especialista em versões alto-barítono de êxitos pop (como o magnífico Oops...I did it again, de Britney Spears, que a Carla ofereceu generosamente ao povo) Raabe é mais criativo e genial na ponta de uma unha do que os Nouvelle Vague todos juntos. Como exemplo, escute-se esta football song, que em português quer dizer mais ou menos «Chuta a bola para o golo». Dá vontade de invadir a Polónia, mas é muito boa.
quinta-feira, outubro 26, 2006
Richard Cheese, um homem que dedicou a sua vida a transformar êxitos rock e hip hop em brilhantes canções lounge. Neste vídeo, Cheese ataca Baby's Got Back, de Sir Mix-A-Lot, e o mais reconhecível Personal Jesus, dos Depeche Mode. Brilhante.Dedicado à Charlotte, agradecendo o Max Raabe, de que falarei mais tarde.
segunda-feira, outubro 23, 2006
Os The Sound, com o seu som épico, a abrir, gozaram de precária glória, devida sobretudo ao disco From the lions mouth - que lhes deu direito, aliás, a uma exclente passagem pelo Rock Rendez Vous, em 1981 ou 82, já não me lembro. Mas lembro-me de os ver - prerrogativa da idade - e da espantosa energia que contrastava com o que Adrian cantava. «What holds your hope together/make sure it's strong enough»: os primeiros versos de Winning, o tema que abria o disco. Depois deste pico de carreira, a obra de Borland continuou, errática mas com pérolas que merecem ser redescobertas. Ao mesmo tempo, a sua sanidade mental deteriorava-se de diaq para dia. Morreu em 1999,com 41 anos, na estação de Wimbledon, depois de se ter lançado para frente de um comboio. Numa altura em que os epígonos musicais da época são pouco mais do que pífios («vinte anos piores», diria um amigo meu), aconselho a busca do original.
*título de um disco dos The Sound
sábado, outubro 21, 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
terça-feira, outubro 17, 2006
sexta-feira, outubro 13, 2006
quarta-feira, outubro 11, 2006
sexta-feira, outubro 06, 2006
Mais um poema de Philip Larkin, triste como o dia, este meu dia.
Next, Please
Always too eager for the future,
Pick up bad habits of expectancy.
Something is always approaching, every day
Till then we say,
Watching from a bluff the tiny, clear,
Sparkling armada of promises draw near.
How slow they are!
And how much time they waste,
Refusing to make haste!
Yet still they leave us holding wretched stalks
Of disappointment, for, though nothing balks
Each big approach, leaning with brasswork prinked,
Each rope distinct,
Flagged, and the figurehead with golden tits
Arching our way, it never anchors; it's
No sooner present than it turns to past.
Right to the last
We think each one will heave to and unload
All good into our lives, all we are owed
For waiting so devoutly and so long.
But we are wrong:
Only one ship is seeking us, a black-
Sailed unfamiliar, towing at her back
A huge and birdless silence. In her wake
No waters breed or break.
quinta-feira, outubro 05, 2006
O melhor texto sobre Frank Sinatra alguma vez feito em todo o universo. Lágrimas, risos, verdade - tudo em doses justas.Exemplos: «band man and loner, troubleshooter and troublemaker, the chairman who would rather show you his scars than his medals(...), the living proof God's a Catholic».
Lindo e definitivo, dito durante a entrega do Emmy de Carreira ao Mestre, em 1995.
Um sketch histórico, um verdadeiro deleite para quem combatre os bloody frogs desde pequeno. Trinta anos depois, ainda concordo com um amigo que afirma que «não é um sketch, é um documentário». Maravilhosos pormenores: «Mon collegue, le poof célebre», e «oú sont les bagages?».
quinta-feira, setembro 28, 2006
You Are a Mermaid |
quarta-feira, setembro 27, 2006
sexta-feira, setembro 22, 2006
Lembranças, que lembrais meu bem passado
Lembranças, que lembrais meu bem passado,
Pera que sinta mais o mal presente,
Deixai-me, se quereis, viver contente,
Não me deixeis morrer em tal estado.
Mas se também de tudo está ordenado
Viver, como se vê, tão descontente,
Venha, se vier, o bem por acidente,
E dê a morte fim a meu cuidado.
Que muito melhor é perder a vida,
Perdendo-se as lembranças da memória,
Pois fazem tanto dano ao pensamento.
Assim que nada perde quem perdida
A esperança traz de sua glória,
Se esta vida há-de ser sempre em tormento.
Luís Vaz de Camões
quinta-feira, setembro 21, 2006
segunda-feira, setembro 18, 2006
Vivemos tempos dificeis, mas cada vez mais a minha fé é a minha vida.
sexta-feira, setembro 15, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006
«But the last, the worst failure (I buried my lips in the dark living hair of Justine), the failure with people: it had been brought about by a gradually increasing detachment of spirit, which, while it freed me to sympathyze, forbade me possession. I was gradually, inexplicably, becoming more and more deficient in love, yet better and better at self-giving - the best part of loving»
Justine, Lawrence Durrell
O maradona - que nutre o mais elegante e inteligente amor-ódio ao futebol inglês - deu-me a abébia de falar em Ian Wright. E como já levou na cabeça, evitou os comentários homoeróticos do «homenzarrão» e coisas assim. Fez bem. Descobriu uma entrevista no excelente Top Of The Gear e, justamente, caiu de admiração. Como infelizmente ele não frequenta boas companhias (leia-se maluquinhos pela bola da Ilha), a descoberta foi tardia. Mas estou aqui para ajudar, e aqui vai o coup-de-grâce: eu vi o Wright jogar ao vivo duas vezes, no extinto Highbury Park. Mai'nada. Por razões que nunca consegui deslindar, desde sempre tive um fascínio pelo Arsenal, coisa que o livro de Nick Hornby, Fever Pitch (a melhor declaração de amor a um clube e ao jogo que conheço) veio tornar doentio. Mal pude, fui a Londres para vê-los jogar. Estava-se em 1995, Wright era já uma estrela fantástica (a contratação mais cara dos gunners, por 2,5m £ em 1991) e tinha ajudado a ganhar a extinta Taça dos Vencedores das Taças de 1994 (embora não tenha jogado na final).
Wright diferia de outros armários voadores ingleses - como Darius Vassell - pela inteligência com que jogava na área e uma rapidez impensável.Curiosamente, ele que fez parceria com Linneker e Shearer nos Três Leões, nunca conseguiu um desempenho à altura na selecção (mas isso é o fado do costume).
Só em Outubro de 2005 o príncipe Thierry Henry conseguiu bater o recorde de golos de Wright pelo Arsenal. Ver jogar o homem aos 33 anos ao lado de um dos melhores jogadores do mundo - Dennis Bergkamp - era de chorar por mais. E quando o povo cantava o seu nome, era de kleenex para cima...
Wright é comentador permanente no Match Of The Day, um programa de televisão da BBC que já faz parte da cultura pop inglesa (a música do genérico toca em muitos estádios antes do jogo); com Gary Linneker e Alan Shearer fez o melhor trio de comentadores de sempre deste último campeonato do mundo (é vir ao pub onde vou ver a bola, amigo maradona). Wright é ainda Member Of the British Empire e (segundo um amigo ainda mais fanático do que eu) assumiu recentemente a paternidade do seu enteado, Shaun Wright-Philips, também ele jogador da bola.
Venham de lá esses referrals.
*post revisto e corrigido, que eu sou humano.
quinta-feira, setembro 07, 2006
Por outro lado, ainda estou longe dos encómios que o rapaz dedica a Andy Murray, que apesar de alguma criatividade peca por falta de cabecinha. Falta-lhe crescer um bocadinho para poder ganhar respeito.
De resto, houve o «embate» entre Hewitt e Roddick, cuja única vantagem foi o de mandar um deles para casa (quem foi é irrelevante, ainda sobrou um) e a despedida de Davenport, cilindrada por uma super-heróica Henin-Hardenne. Para o chamado alívio cómico, atente-se aos comentários de um dos relatores de serviço, que são sempre hilariantes. Do género «a partida está praticamente ganha por Federer...ou se calhar não, nunca se sabe». É um bónus e ajuda a ficar acordado. Só para que saibam. Se estiver para aí virado, um destes dias conto o que fiz para ir ver a final de Roland Garros de 1984, entre o meu ídolo McEnroe e o Mr.Cool Ivan Lendl. Logo vejo.
quarta-feira, setembro 06, 2006
You witnessed the 1968 Paris riots. How did they affect your thinking?
They turned me against the left. I thought: "Whatever these people are against, I am for," because of the total irresponsibility and that the only important thing was to be novel, outrageous and transgressive.
Claro que fiquei triste, apesar daquele jornal não ser há muito tempo o que me fez acreditar em alguma coisa. Devo muito ao O Independente, desde 1988: escrita e pensamento mais escorreito, o prazer de trabalhar com o Miguel Esteves Cardoso, o prazer de trabalhar com amigos. Saí para criar a Kapa, mas mesmo assim voltei à alma mater sempre que precisaram de mim. Tenho saudades, no sentido em que a saudade é um filtro de perfeição para um objecto amado. Não tenho nostalgia.
E fico-me por aqui, até porque nestas alturas lembro-me sempre de uma frase de Nietzche, que aplico também à impossibilidade da linguagem, e que dizia (escrevo de cor) que tudo o que é dito já está morto algures no nosso coração.
segunda-feira, setembro 04, 2006
NOITES BRANCAS Não existe melhor pretexto para nos manter acordados (para além dos óbvios) do que assistir com firmeza às maratonas madrugadoras do Open dos USA. Ontem, um festim: a despedida emocionada de Agassi, o extraordinário jogo Moya-Blake, Federer a despachar com classe e algum desprezo Vincent Spadea (e mesmo assim a não fazer esquecer o melhor tenista que vi jogar na vida: Pete Sampras, cujo único defeito era ter a segunda melhor esquerda do circuito desde o neolítico); e nas senhoras, a linda Ana Ivanovic (vêde ao lado, I rest my case) a ser demolida pelo bulldozer paradoxalmente chamado Serena. Sharapova limpou a russa mais velha cujo nome se me escapa, só com o brilho da sua gola Audrey Hepburn. Hoje há mais.
sábado, setembro 02, 2006
sexta-feira, agosto 25, 2006
sexta-feira, agosto 11, 2006
PREVISÃO AFECTIVA PESSOAL PARA OS PRÓXIMOS MESES
Once there was a time
when a kind word would be enough
And once there was a time
I could blindfold myself with love
But not now - now I'm resigned
to the kind of life I had reserved
for other guys
less smart than I
Y'know, the kind who will always end up with
the girls
And besides
everybody knows that 'No' means 'Yes'
just like glasses come free on the N.H.S.
Bu the more I look through them the more I see
I'm becoming more like Alfie
segunda-feira, agosto 07, 2006
domingo, agosto 06, 2006
Sunday Morning, a abertura de um dos discos mais revolucionários de sempre.Ah perversa inocência...O mundo tal como ele é, ao mesmo tempo que na costa ocidental se falava de paz e amor e se faziam filhos na lama. «watch out/ the world's behind you/there's always someone around you/ who will call/ It's nothing at all...». A seguir chegava Waiting for my man, Heroin, Venus In Furs, All tomorrow's parties.
sexta-feira, agosto 04, 2006
*d'aprés I bet you look good on the dancefloor, Artic Monkeys.Mas não era preciso eu escrever isto, pois não?
segunda-feira, julho 31, 2006
BANDA SONORA DE UM FIM DE SEMANA ALENTEJANO:«Eu passo a tarde na cantina/Vamos pr'á piscina, vamos pr'á piscina!», GNR, Dá Fundo,do álbum Psicopátria (1986)
terça-feira, julho 25, 2006
Este último assunto é-me particularmente sensível, já que prezo a amizade como estado superior de vida, uma espécie de amor livre do seu fascismo. Acontece que alguns amigos, por mérito próprio, destacam-se nas suas áreas profissionais e são conhecidos. Como tenho terror de name dropping, evito espalhar o orgulho que tenho deles aqui no blogue. Mas hoje não.
Toda esta conversa porque estive no Vimeiro com velhos amigos meus: os The Gift e os GNR, mais particularmente o Rui, companheiro de guerras e pazes antigas, e o único homem que eu invejo à face da Terra.
Os meus cúmplices de Alcobaça estão cada vez melhores, e atiram-se a cada concerto como se não houvesse amanhã. O arranjo de palco de Não É Fácil Entender, a hidden track de AM-FM, e a nova 645 mostraram bem do que o grupo é capaz; e então agora, que conta com um convidado de peso na bateria: nem menos do que o enorme Mário Barreiros, veterano destas andanças e um dos melhores produtores do burgo. Quanto à Sónia...bastava haver mais uma como ela no circo pop-rock e seríamos abençoados.
Enquanto os Strokes conquistavam Lisboa, eu vi um concerto que não via há quase dez anos: o dos GNR. E caso ainda haja dúvidas, aproveito para reiterar: RUI REININHO É O MELHOR FRONTMAN QUE ESTE DESGRAÇADO PAÍS TEM HÁ MAIS DE 20 ANOS. O homem está numa forma espantosa, com o wit ao máximo ( a forma como continua a refrasear as suas letras conforme o público que tem à frente é brilhante) e bem secundado pelos seus capangas (Jorge Romão parece sempre estar on seu primeiro concerto, Toli tem um visivel prazer em tocar à frente do palco). Mesmo a velocidade de cruzeiro - que o público era desgarrado e impróprio, entre convidados do concurso hípico e figuras da Quinta das Celebridades - os GNR continuam à frente. E com canções como Popless (especial para mim, que estive no making of...da letra) ou a velhinha Morte Ao Sol fazem mais pela música moderna do que a banda que naseu ontem. Quando o Rui deu por terminado o concerto, vestido com uma t-shirt que reproduzia a bandeira da Turquia (só quem não quis não percebeu o humor provocatório), corri para os camarins para dar os parabéns. E mostrar a vaidade da amizade.
terça-feira, julho 18, 2006
MÚSICA DE SUPERMERCADO Se existe coisa em que acredito piamente são em estranhos serendipismos, que com uma frequência quase mal-sã me acontecem. Infelizmente não nos assuntos mais importantes da vida, mas não me posso queixar: Deus tinha de castigar a minha preguiça com qualquer coisinha.
But I digress: o objectivo deste post é só dizer o seguinte: gente civilizada que gostais de música civilizada - correi para os Carrefours da vossa área! Na zona junto às caixas registadoras (ou pensam que é tudo por acaso?) encontrareis baús abertos cheios de valiosíssimos tesouros ao preço risível de 5 e 7 euros. Ora, quando digo risível quero mesmo dizer «não merecemos tamanha dádiva». Quem como eu encontrou a discografia quase completa de John Coltrane sabe do que estou a falar: não há dinheiro que pague (mas não digam aos gerentes do supermercado, por favor). Do que ainda não tinha em CD, abarbatei de imediato um dos melhores discos de baladas feito entre aqui e Urano: o supiníssimo John Coltrane and Johnny Hartman. De Coltrane é mais fácil saber a história: saxofonista virtuoso, Blue Trane, hard-hard bop com ligações a África, blá blá blá. Mas um baladeiro de se lhe tirar o chapéu, como se prova neste disco de dois solistas. Coltrane sabe exactamente a dimensão das canções e faz ora solos brilhantes mas contidos ora obligatos que respondem e perguntam às frases de Hartman.
Hartman é talvez o cantor da era pós-bop mais subestimado. Ainda não encontrei em ninguém aquele timbre perfeito, quente nos graves mas capaz de um agudo a sério e um sentido de frase e paráfrase que só revejo em Sinatra. Ouvir My One And Only Love ou You Are Too Beautiful faz com que por uns breves momentos possamos acreditar na beleza inequívoca da natureza humana. E por 5 euros, repito. É muito.
Do raid ao supermercado trouxe mais. Cassandra Wilson Sings Standards, por exemplo, que contém uma versão de I'm Old Fashioned que devia ser dada nas escolas (e que se calhar é). Mas se mesmo assim voltasse para casa com esta pepita já era um homem feliz.
sexta-feira, julho 14, 2006
segunda-feira, julho 10, 2006
quinta-feira, julho 06, 2006
segunda-feira, junho 26, 2006
Nas senhoras, a minha fidelidade à melhor tenista dos últimos 10 anos - Martina Hingis - irá impedir-me de torcer por mais alguém. Hingis regressou após 3 anos de ausência com o mesmo ténis predador, feito de sorrisos, amuos e uma implacável e inteligentíssima caça às fraquezas das adversárias. Mas não será ainda o ano da suíça.
Entretanto, hors tennis...eis que chega a primeira designer player (ao que isto chegou): é bonita, russa, loira, ganhadora e vestida dos pés à cabeça por Stella McCartney.Senhoras e senhores: Maria Kirilenko.
quinta-feira, junho 22, 2006
APENAS MAIS UMA PROVA DE COMO HAVER UMA FEDERAÇÃO INGLESA DE FUTEBOL SERIA TÃO REDUNDANTE COMO UMA ASSOCIAÇÃO DE FADO PORTUGUÊS: o minute-by-minute do Portugal-México visto pelo The Guardian (com a ilustração brilhante de «separados à nascença» Maniche- Lindsay Davenport) é dos textos mais hilariantes que tenho lido sobre um jogo e, ao mesmo tempo, consegue ser uma análise certeira.
Para aqueles que espumam já de raiva com o «lá-vem-este-com- a- mania-de-Inglaterra», aviso que o autor não é xenófobo e troça indistintamente do México, de Portugal, de Inglaterra e dele próprio. Memorável a descrição do falhanço do penalti mexicano: «But no worries:Bravo steps up and Beckhams it about 400 yards high and 20 yards right».
(com um agradecimento a este rapaz)
O anterior Dear Catastrophe Waitress (2003) levou com a mão pesada de Trevor Horn, mas que pelo menos serviu para disciplinar os rapazes (e a moça).
Em The Life Pursuit a impressão final é a de mais do mesmo, embora com canções aceitáveis. Mas existe esta pérola, Dress up in you: uma suave canção de rejeição, uma dor de corno resignada e linda, em que apesar da fanfarronice do amante ignorado («they are hypocrites/so fuck them too») se pressente um amor triste que se esvai, uma esperança que se vê partir devagarinho depois de tantos planos feitos. Uma pequena delícia que dificilmente ficará para a história, mas que se irá derreter lentamente nos nossos corações, como convém a uma boa canção pop.
Dress Up In You
I?m the singer, I?m the singer in the band
You?re the loser, I won?t dismiss you out of hand
Cos you?ve got a beautiful face
It will take you places
You kept running
You?ve got money, you?ve got fame
Every morning I see your picture from the train
Now you?re an actress!
So says your résumé
You?re made of card
You couldn?t act your way out of a paper bag
You got lucky, you ain?t talking to me now
Little Miss Plucky
Pluck your eyebrows for the crowd
Get on the airplane
You give me stomach pain
I wish that you were here
We would have had a lot to talk about
We had a deal there
We nearly signed it with our blood?
An understandingI thought that you would keep your word
I?m disappointed
I?m aggravated
It?s a fault I have, I know
When things don?t go my way I have to
Blow up in the face of my rivals
I swear and I rant, I make quite an arrival
The men are surprised by the language
They act so discreet, they are hypocrites so fuck them too!
I always loved you
You always had a lot of styleI
?d hate to see you on the pile
Of ?nearly-made-it? s
You?ve got the essence, dear
If I could have a second skin
I?d probably dress up in you
You?re a star now,
I am fixing people?s nails
I?m knitting jumpers, I?m working after hours
I?ve got a boyfriend, I?ve got a feeling that he?s seeing someone else
He always had thing for you as well
Blow in the face of my rivals
I swear and I rant, I make quite an arrival
The men are surprised by the language
They act so discreet, they are hypocrites forget them
So fuck them too!
quarta-feira, junho 14, 2006
terça-feira, junho 06, 2006
segunda-feira, junho 05, 2006
terça-feira, maio 30, 2006
segunda-feira, maio 29, 2006
sexta-feira, maio 26, 2006
terça-feira, maio 23, 2006
2DJS DO CA*******! LIVE SET
The Bairro Alto Tour
Pior do que a gripe das aves, esta é a epidemia que devemos temer!!
dia 2 de Junho, a partir das 00.00h - NAPERON (R. da Barroca)
dia 9 de Junho, a partir das 00.30 - local a confirmar, mas é quase como se já estivesse...Depois falamos.
Mais do mesmo ? Claro, mas curiosamente sempre melhor.
Perguntas, pedidos, sugestões e fogosas declarações de amor para djsdocaralh@gmail.com
Fase 1: Imagine que Scolari não é um homem mas sim um pequeno país.
Fase 2: Imagine que esse país, por magia ou mistério, foi apurado para uma fase final de um torneio mundial.
Fase 3: Imagine que simpatiza com pequenos países, mesmo teimosos, arrogantes, que teimam em arvorar um curriculo patético (campeão pelo Grémio ? Who gives a flying fuck? Campeão mundial com o Brasil de 2002? A equipa nem precisava de treinador, só precisava de jogar. E mesmo assim foi carregada até à taça: lembrai-vos do Brasil-Turquia e do incómodo da FIFA em perder o Brasil numa fase final).
Fase 4: Ultrapssadas as fases anteriores, poderá dizer em público:«Eu apoio a selecção de Scolari», ou «Os jogadores de Scolari são todos portugueses», ou «Em Scolari, as celebrações devem estar ao rubro», ou «Na pequena capital de Scolari, Sonnof-Putinni, toda a gente tem bandeiras à janela».
É uma óptima maneira de salvar a face e não deixar de ser patriota.
segunda-feira, maio 15, 2006
O nosso amor parecia uma história de fadas
o encanto girava que nem em quatro rodas
depois as rodas deram umas guinadas
e descambou tudo num conto de fodas
Daniel Maia-Pinto Rodrigues, Apontamentos do Cônsul Von Troche
*publicado originalmente em 20 de Junho de 2004.
quinta-feira, maio 11, 2006
quarta-feira, maio 10, 2006
Gosto daquela cigarra
que quando chega o inverno
e porque gosta
come as formigas.
Lembra Adília Lopes sem as referencias eruditas ? Lembra. Mas há mais: dos poemas brejeiros do capítulo Apontamentos Do Cônsul Von Troche, como
Aliás, entende uma coisa, Lilas
eu não sou nenhum Lagardére.
Primeiro comamos as lulas, Lilas
e se o teu namorado não vier
um gajo depois vê isso das pilas.
aos simples aforismos, do qual o meu favorito é
O meu avô acreditava em cinco coisas.
Eu só acredito em duas.
gosto muito disto, para citar uma complexa frase de critico literário. E para não chatear mais, deixo
Pertencera a um grupo de malta rebelde.
Desenvolveu alguns programas de rádio
e também, parece, algumas encenações teatrais.
Todavia o seu projecto principal era o de mudar o mundo.
Ao que eu lhe disse que o meu grande projecto
foi sempre o de que o mundo não me mudasse a mim.
Voltaremos ao assunto, como se diz na SIC-Notícias.
segunda-feira, maio 08, 2006
Lista de convocados: Guarda-redes: Paul Robinson (Tottenham); David James (Manchester City) e Robert Green (Norwich City);
Defesas: Gary Neville (Manchester United), Rio Ferdinand (Manchester United), John Terry (Chelsea); Ashley Cole (Arsenal), Sol Campbell (Arsenal), Jamie Carragher (Liverpool) e Wayne Bridge (Chelsea);
Médios: David Beckham (Real Madrid), Michael Carrick (Tottenham), Frank Lampard (Chelsea), Steven Gerrard (Liverpool), Owen Hargreaves (Bayern Munique), Jermaine Jenas (Tottenham), Stewart Downing (Middlesbrough), Joe Cole (Chelsea) e Aaron Lennon (Tottenham);
Avançados: Wayne Rooney (Manchester United), Michael Owen (Newcastle), Peter Crouch (Liverpool) e Theo Walcott (Arsenal).
Lista de jogadores convocados à condição: Scott Carson (Liverpool), Luke Young (Charlton Athletic), Nigel Reo-Coker (West Ham), Jermain Defoe (Tottenham) e Andrew Johnson (Crystal Palace).
Como se paga a alguém que fez a banda sonora dos nossos dias ? Talvez ouvindo Bachelor Kisses vezes sem conta, uma das mais bonitas canções dos últimos 30 anos.
quinta-feira, maio 04, 2006
terça-feira, maio 02, 2006
Da verdade do amor
Da verdade do amor
se meditam
relatos de viagens confissões
e sempre excede a vida
esse segredo que tanto desdém
guarda de ser dito
pouco importa em quantas derrotas
te lançou
as dores os naufrágios escondidos
com eles aprendeste a navegação
dos oceanos gelados
não se deve explicar demasiado cedo
atrás das coisas
o seu brilho cresce
sem rumor
José Tolentino de Mendonça
Your Life Path Number is 3 |
You are a creative and artistic person with an interesting view on life. Witty and outgoing, you enjoy sharing your crazy ideas with anyone who will listen. A total social butterfly, you're the life of any party. In love, you inspire and enchant your partner. You are often an object of fantasy and desire. While you are very talented, you sometimes lack the ambition to put your talents in play. And while your wit carries you a long way, you occasionally use it to mask your true feelings. Your natural abilities can bring you all the success in the world ... if you let them |
quinta-feira, abril 27, 2006
«He was in agony because he was poverty-stricken in symbols: his mind was caught in a net because he had no words to work with. He had not even names for the objects around him: he probably defined them for himself by some jargon, reinforced by some mangling of the speech that roared about him, to which he listened intently day after day, realizing that his first escape must come through language. »
Oakeshott the sheriff
but I didn't shoot the deputy...
A sério, ri-me muito com o Carl Schmitt.
quarta-feira, abril 26, 2006
2DJ'S DO C********! LIVE SET
(agora com ar condicionado)
SEXTA, DIA 28, A PARTIR DAS 00.00H, no Naperon, à R.da Barroca (mas podem passar também pelo Frágil, que nós não nos importamos porque vamos lá tocar para o mês que vem e já não somos quase famosos)
Mais uma extraordinária selecção vintage do Hotel Júpiter, da Praia da Rocha, entre 77 e 78!
Convidado especial: Vítor Espadinha (se aparecer)
Promessas, fotos, pedidos e marcações para djsdocaralh@gmail.com
Os 2Dj's são Nuno Miguel Guedes e Zé Diogo Quintela (nomes registados)
segunda-feira, abril 24, 2006
sexta-feira, abril 21, 2006
quinta-feira, abril 20, 2006
segunda-feira, abril 17, 2006
EM MODO DE REPEAT ALL, NA VITROLA CASEIRA, 29, DE RYAN ADAMS. E sim, disse Ryan. '29' devolve o rapaz no seu mais sombrio, com nove canções de ruas escuras, traseiras infectas, cidadezinhas sem esperança, drogas sortidas e amores condenados. Para um compositor tão exageradamente prolífico como o é Ryan (se não me engano 5 discos em 2005), é obra conseguir uma colecção de canções tão equilibradamente boa, oito baladas embrulhadas no seu estilo alt country, uma espécie de Neil Young em bom. Como os melhores discos de raiva e amor, 29 não deve ser colocado ao alcance das crianças. Do rockabilly sujo que abre as hostilidades e que dá nome ao disco, passando por Nightbirds ou Starlite Diner, este é um álbum para os dias chuvosos da alma. Atenção aos excelentes Elizabeth, You Were Born To Play That Part ("calculate the changes that in time/turn to nothing and then multiply/yourself by pain,/and you're not even close Elizabeth") e a supina The Sadness (a minha favorita), um pesadelo espanholado que podia ter sido sonhado por Nick Cave.
quinta-feira, abril 13, 2006
(verse)
Look at yourself, if you had a sense of humor
You would laugh to beat the band
Look at yourself, do you still believe the rumor
That romance is simply grand?
Since you took it right on the chin
You have lost that bright toothpaste grin
My mental state is all a-jumble
I sit around and sadly mumble
(chorus)
Fools rush in, so here I am
Very glad to be unhappy
I can't win, but here I am
More than glad to be unhappy
Unrequited love's a bore
And I've got it pretty bad
But for someone you adore
It's a pleasure to be sad
Like a straying baby lamb
With no mammy and no pappy
I'm so unhappy
But oh, so glad.
Sirva-se em doses generosas de Sinatra - versão In The Wee Small Hours - , de preferência a horas tardias e estado de espírito condizente. Acompanha com um Jameson straight. Ou dois, ou três. Depois, chega a vidinha.
POZZO [Suddenly furious.] Have you not done tormenting me with your accursed time! It's abominable! When! When! One day, is that not enough for you, one day like any other day, one day he went dumb, one day I went blind, one day we'll go deaf, one day we were born, one day we shall die, the same day, the same second, is that not enough for you ? [Calmer.] They give birth astride of a grave, the light gleams an instant, then it's night once more.
Waiting For Godot, 1953
quarta-feira, abril 12, 2006
Death, Be Not Proud
Death, be not proud, though some have callèd thee
Mighty and dreadful, for thou art not so;
For those whom thou think'st thou dost overthrow
Die not, poor death, nor yet canst thou kill me.
From rest and sleep, which yet thy pictures be,
Much pleasure, then from thee much more, must low
And soonest our best men with thee do go,
Rest of their bones and soul's delivery.
Thou art slave to fate, chance, kings and desperate men
And dost with poison, war and sickness dwell,
And poppy or charms can make us sleep as well
And better than thy stroke; why swell'st thou then ?
One short sleep past, we wake eternally,
And death shall be no more; death, thou shalt die.
John Donne