Uma excelente (e por isso mesmo, discutível) análise da existência de uma «cultura de direita», da pós-revolução até hoje, efectuada pelo essencial António Araújo.
Numa altura em que se fazem doutoramentos sobre O Independente ou a revista Kapa (publicações em que participei activamente) esta é talvez a análise mais lúcida sobre um fenómeno editorial quase geracional e certamente mais estético do que de combate ideológico (no caso do Caderno 3 do Indy ou da Kapa), impossível de dissociar do zeitgeist sociocultural mas que ao mesmo tempo o venceu de forma improvável.