JANTAR ÀS DEZ No espaço de apenas algumas horas, discuti com carinho amizades e velhas cumplicidades, estive à beira das lágrimas (dizia-me um amigo:"já nos aturamos há mais de 22 anos, caraças"), entusiasmei-me com argumentos religiosos e metafísicos ditos com uma ébria convicção (ele era Unamuno, ele era Kierkegaard, ele era Graham Greene), embeveci-me a assistir a uma discussão pró e contra downloads e cópias piratas de discos, deliciei-me com o repasto preparado, emocionei-me com confissões amorosas, conheci uma rapariga que faz a inveja de meia blogosfera feminina (trabalhou com o Vincent Gallo...), voltei a afirmar preconceitos absolutos (como a superioridade inglesa em tudo excepto na questão irlandesa)...A amizade, com a sua demolidora liberdade, é o masis nobre e delicioso dos sentimentos.
No espaço de apenas algumas horas fui o homem mais feliz do mundo. Depois chegou a vida.