sábado, abril 18, 2009
quarta-feira, abril 15, 2009
History never repeats? O tanas.
2008: três clubes ingleses nas meias-finais da Champions.
2009: três clubes ingleses nas meias-finais da Champions.
Agora macem-me, sejam queirozes e digam que é dos estrangeiros e que o «futebol inglês» já não existe.
Palavra de honra que torci pelo FCPorto, como faço com todas as equipas portuguesas em competições europeias (sim, até o Benfica). Mas o Rooney? Viram o jogador que aquele menino é? Quando a equipa está em sub-rendimento, who you gonna call? Not Cristiano Ronaldo, that's for sure.
2008: três clubes ingleses nas meias-finais da Champions.
2009: três clubes ingleses nas meias-finais da Champions.
Agora macem-me, sejam queirozes e digam que é dos estrangeiros e que o «futebol inglês» já não existe.
Palavra de honra que torci pelo FCPorto, como faço com todas as equipas portuguesas em competições europeias (sim, até o Benfica). Mas o Rooney? Viram o jogador que aquele menino é? Quando a equipa está em sub-rendimento, who you gonna call? Not Cristiano Ronaldo, that's for sure.
segunda-feira, abril 13, 2009
Agrafia e ausência
Primeiro, para variar, entrei em negação: que era o excesso de problemas que me afastava deste lugar, que justificava o deus-dará deste endereço. Era verdade, mas não era. Depois foi o aparecimento das redes sociais: tanto para fazer e em tão pouco tempo. Lugares onde o passado me é devolvido às vezes brutalmente, como no Facebook, mas em que basta uma palavra, às vezes nem isso, uma «prenda», um aceno. Uma espécie de pátio de recreio virtual onde estava com conhecidos e amigos, onde entre gargalhadas fazemos o rescaldo de dias passados há muito tempo ou agora mesmo sem compromissos ou preocupações sintáticas. O mesmo com o twitter: cento e quarenta caracteres no máximo? É o passo para o aforista que sempre quis ser. E se não apetecer dizer nada - como muitas vezes não apetece - pode-se estar à janela, a ver os vizinhos e as vizinhas falarem ou de vez em quando ligar a aparelhagem e dar-lhes música que eu gosto. Maravilha. Blogue para quê, o que é isso, que dá tanto trabalho, que mostra tanto, que exige tanto de mim para escrever melhor daquilo que eu sou? Onde tinha eu a cabeça, meu Deus?
De maneira que assim ficaram as palavras e os videos e os afectos suspensos aqui não se sabe onde, visitados por obstinados leitores e naufragos cibernautas à deriva ou gente recém-saída dos motores de busca onde colocam, receio, coisas como «mostrar sentido vida».
Não. A estranha e aguda agrafia que me acometeu tem razões várias, sendo que a mais importante, para quem vê o silêncio como a máxima ambição da comunicação e lugar onde tudo irá parar, é o estar cansado da inutilidade dos vocábulos. É coisa que passa, mas que volta sempre. Passou.
E agora regressar sem saber porquê aos posts longos, rasteiros e à beira da alma, e procurar nos arquivos os prelúdios de mim e ver que há escritos que ainda trazem cheiros de sorrisos agarrados, outros que sabem a lágrimas, outros ainda a malandrice, a sedução pura e dura e muito poucos com alguma coisa que eventualmente se aproveite. Ver como apesar de tudo era um irredutivel optimista ainda há pouco, last night when I was young, e que a tela vai escurecendo mesmo quando eu não dou por isso, e que a epígrafe que ainda encima este estabelecimento é cada vez mais verdadeira. Talvez seja aqui o único lugar onde posso ser verdadeiro, não sei.
O Tradução Simultânea faz seis anos e com vossa licença vai continuar por mais um bocadinho.
Primeiro, para variar, entrei em negação: que era o excesso de problemas que me afastava deste lugar, que justificava o deus-dará deste endereço. Era verdade, mas não era. Depois foi o aparecimento das redes sociais: tanto para fazer e em tão pouco tempo. Lugares onde o passado me é devolvido às vezes brutalmente, como no Facebook, mas em que basta uma palavra, às vezes nem isso, uma «prenda», um aceno. Uma espécie de pátio de recreio virtual onde estava com conhecidos e amigos, onde entre gargalhadas fazemos o rescaldo de dias passados há muito tempo ou agora mesmo sem compromissos ou preocupações sintáticas. O mesmo com o twitter: cento e quarenta caracteres no máximo? É o passo para o aforista que sempre quis ser. E se não apetecer dizer nada - como muitas vezes não apetece - pode-se estar à janela, a ver os vizinhos e as vizinhas falarem ou de vez em quando ligar a aparelhagem e dar-lhes música que eu gosto. Maravilha. Blogue para quê, o que é isso, que dá tanto trabalho, que mostra tanto, que exige tanto de mim para escrever melhor daquilo que eu sou? Onde tinha eu a cabeça, meu Deus?
De maneira que assim ficaram as palavras e os videos e os afectos suspensos aqui não se sabe onde, visitados por obstinados leitores e naufragos cibernautas à deriva ou gente recém-saída dos motores de busca onde colocam, receio, coisas como «mostrar sentido vida».
Não. A estranha e aguda agrafia que me acometeu tem razões várias, sendo que a mais importante, para quem vê o silêncio como a máxima ambição da comunicação e lugar onde tudo irá parar, é o estar cansado da inutilidade dos vocábulos. É coisa que passa, mas que volta sempre. Passou.
E agora regressar sem saber porquê aos posts longos, rasteiros e à beira da alma, e procurar nos arquivos os prelúdios de mim e ver que há escritos que ainda trazem cheiros de sorrisos agarrados, outros que sabem a lágrimas, outros ainda a malandrice, a sedução pura e dura e muito poucos com alguma coisa que eventualmente se aproveite. Ver como apesar de tudo era um irredutivel optimista ainda há pouco, last night when I was young, e que a tela vai escurecendo mesmo quando eu não dou por isso, e que a epígrafe que ainda encima este estabelecimento é cada vez mais verdadeira. Talvez seja aqui o único lugar onde posso ser verdadeiro, não sei.
O Tradução Simultânea faz seis anos e com vossa licença vai continuar por mais um bocadinho.