sábado, maio 12, 2007

Meus amigos, duas palavras: Ana Moura.

Fado. Fado puro, fado vida, o mistério do indizivel, do que fica agarrado a nós sem licença nem remédio. A melhor fadista - por oposição a cantoras de fado - tem disco novo a partir de 14 de Maio. Chama-se Para Além da Saudade, e é ideal para quem acha que não gosta de fado. E há também um concerto.Pormenores aqui.


(não vou esconder que sou parte interessada:escrevi uma das letras que constam no disco. Mas a paixão por esta menina e a sua voz e a vontade de a partilhar - isso é totalmente desinteressado. Só urgente.)

sexta-feira, maio 11, 2007

This is a video statement

O Valencia, The Decemberists
As canções, essas coisas tão frágeis...
E tão boas quando são bem destruídas. Com justiça de preferência. Eis uma versão demolidora de um êxito de pista que põe KO aquela criatura reles que se chama a si própria de Fergie e ainda se ri sobre a campa dela.


(E o mais bizarro é que ainda consegue dar uns ares dignos à cançoneta. Obrigado,Kat)
«Your life will surely change»
O dia começa, o dia acaba. Pelo meio, coube uma vida ou duas, e a inenarrável sensação que regressa de que agora é que é: este é o dia em que a tua vida irá mudar.

quinta-feira, maio 10, 2007

E há isto, tão bom...
Entretanto, de regresso a 2007...
Uma das poucas pessoas que me faz ter vontade de o ver em concerto. Going To A Town é só um exemplo do tesouro que é Release The Stars, o novo disco do melhor cantor e escritor de canções que conheço nesta altura: Rufus Wainwright.
«Wouldn't it be nice if we were older, than we wouldn't have to wait so long»

Mais dois minutos e pouco de perfeição.

quarta-feira, maio 09, 2007

PAREM AS MÁQUINAS! Serviço público absoluto:sigam os links aqui e vejam na íntegra o extraordinário duelo de gigantes feito para o Channel 4: Ricky Gervais meets Larry David. It doesn't get better than this.
Mambo Italiano Este pode ser o mundo de Sinatra e nós apenas vivemos nele. Mas o talento displicente deste homem, a voz que não se leva a sério enquanto namorisca a menina da fila da frente - isso é um estilo que ninguém conseguirá replicar por mais que se viva.
Muito bem Tiago, aposta aceite.Se bem que não muito confiante nem sequer com muita vontade. Alegrias como a que me deram há dois anos atrás só acontecem de cinco em cinco anos.

terça-feira, maio 08, 2007

Gente com demasiado tempo nas mãos

«Ora deixa cá ver o que é que me apetece tocar...Olha, pode ser o MacGyver.». Maravilhoso.
E depois de uma das mais maçadoras finais de snooker de todos os tempos (magnificamente comentadas em directo aí uns posts abaixo, procurai, por favor), falemos de campeões a sério. Até porque Roland Garros está já aí.


*com as devidas desculpas pela musiquinha trólaró, mas não posso fazer nada.

segunda-feira, maio 07, 2007

E viva Espanha!

Nem bons ventos nem bons casamentos? Talvez. Mas boas bandas: The Sunday Drivers,On My Mind.


(roubado com outras coisas invisíveis à querida Kat)
Oh meus amigos: é a espumar de raiva que vos escrevo. Terminou há pouco a terceira sessão do campeonato do mundo de snooker («e como é que um cidadão honesto pode dar-se ao luxo de ver essas coisas a meio da tarde?», pergunta o leitor. Não chateies, leitor), e o Selby cilindrou muito bem o Higgins.
A palavra-chave da sessão foi 'aprendizagem'. De um 12-4, Selby passou para um 12-10, ganhando todos os jogos.. Higgins teve menos tempo de mesa do que um noivo durante o copo-d'água. Por mais que Selby seja irritante, aprendeu a defender. O resto já o sabia, com números altíssimos de pot-sucess. O problema de Higgins é a cabecinha, completada com aquela cara de menino a quem roubaram o almoço. Em conversa com uma amiga minha, que gosta e percebe de snooker, ela dizia-me que lhe apetecia dar apertões nas bochechas de Higgins. Ora eis a primeira razão por que o homem deve perder. Isto é um jogo para crescidos. Claro que estamos a falar de jogos a alto nível, com níveis de pressão altíssimos. Mas por isso mesmo: Selby é neófito nestas coisas das finais, e é o que se vê. Se Higgins não deixar o amuo, prevê-se uma tareia histórica, eu com menos algumas libras e este blogue a falecer. E o melhor é que é muito bem feito. Valha-nos São Hendry.
Há pouco tempo, alguém me lembrou da palavra 'whirlpool' e deixou-me a pensar. E eu, mesmo nada por acaso, lembrei-me disto:

Oh Nessa my dear, Nessa my dear,
Will you stay with me on the rocks ?
Will you come for me into the Irish sea
And for me let your red hair down ?
And then we will ride into Dublin city
In a taxi-cab wrapped-up in dust.
Oh you are a whirlpool, you are a whirlpool,
And I am very nearly drowned.

Paul Durcan, Nessa (excerto)
«It's just love, how hard can it be?»

Uma cançãozinha bonita e simples, de Sofia Talvik em dueto com Bernard Sumner (Joy Division e ex-New Order, ao que parece). A mensagem «o amor vence tudo» não é muito ao estilo desta casa, mas é bonito à mesma.

domingo, maio 06, 2007

Muito bem, meu amigo: two can play that game.
Se Higgins não ganha o campeonato do mundo, este blogue acaba ali.


*só porque o Sullivan perdeu gloriosamente. Mas o Selby, nunca. Nunca, I tell you.
«The past is a different country. They do things differently there»
E hoje eu soube, emigrante de mim mesmo.
Perguntaram-me a minha opinião sobre as eleições francesas

Pronto. Tem dias. Poucos.
Perguntaram-me se era francófobo
Nããão. Tem gente. Poucos.