Qual aquecimento global!
Maça-me muito que a minha operadora de comunicações móveis (TMN) me trate por «tu» nas suas promoções («Liga do Bairro Alto ou da 24 de Julho...»), apenas porque possuo um cartão recarregável e não o peso da assinatura. Voltarei a este tema premente em breve. Obrigado.
quinta-feira, outubro 18, 2007
Não estou sózinho!
Rectificação devida ao que em baixo afirmei sobre a ausência de comentários sobre a selecção da Rosa na blogosfera: o Eduardo faz uma análise correcta da evolução do 15, mas esquece-se que o que chegou a Paris foram 9 sobreviventes dos 22 que venceram o William Webb Ellis em 2003. oito agora, com a infeliz saída do asa Lewsey, quanto a mim dos mais importantes elementos da equipa. É certo que ao principio jogavam um jogo baseado nos avançados (com um pack de 918 quilos, quem não jogaria?), mas a atitude e a técnica foram melhorando dia após dia. Apesar de wilkinson dependentes, há mais razões para ter esperança no sábado. Este senhor, por exemplo.
Jason Robinson
Rectificação devida ao que em baixo afirmei sobre a ausência de comentários sobre a selecção da Rosa na blogosfera: o Eduardo faz uma análise correcta da evolução do 15, mas esquece-se que o que chegou a Paris foram 9 sobreviventes dos 22 que venceram o William Webb Ellis em 2003. oito agora, com a infeliz saída do asa Lewsey, quanto a mim dos mais importantes elementos da equipa. É certo que ao principio jogavam um jogo baseado nos avançados (com um pack de 918 quilos, quem não jogaria?), mas a atitude e a técnica foram melhorando dia após dia. Apesar de wilkinson dependentes, há mais razões para ter esperança no sábado. Este senhor, por exemplo.
Jason Robinson
Da arte perdida dos dois minutos
Houve um tempo em apenas bastavam dois ou três minutos para se ser um herói. Quais quinze minutos warholianos: dois ou três minutinhos, condensados em verso e refrão que não larga, música que se pega à pele e à roupa e que alegremente se esquece, sabendo que já deixou marca. Chamavam-lhes singles, e hoje é uma arte perdida. No fundo são apenas canções, arte popular e imediata, para usar na rua com orgulho, street wear a sério. Este é um bom exemplo: My Perfect Cousin, dos Undertones (1980) é o single new wave perfeito, com a letra a falar de criaturas do nosso quotidiano e a fazer apelo ao mau comportamento versus os arrumadinhos sabichões. E numa nota pessoal, tinha o verso «He always beat me at Subbutteo/ c'os he flicked to kick and I didn't know!». Para amantes do jogo como eu era (e, er...sou), a coisa batia fundo.
Depois Feargal Sharkey, o vocalista, seguiu o seu caminho. Mas sobre isso não vale a pena falar, a sério.
Houve um tempo em apenas bastavam dois ou três minutos para se ser um herói. Quais quinze minutos warholianos: dois ou três minutinhos, condensados em verso e refrão que não larga, música que se pega à pele e à roupa e que alegremente se esquece, sabendo que já deixou marca. Chamavam-lhes singles, e hoje é uma arte perdida. No fundo são apenas canções, arte popular e imediata, para usar na rua com orgulho, street wear a sério. Este é um bom exemplo: My Perfect Cousin, dos Undertones (1980) é o single new wave perfeito, com a letra a falar de criaturas do nosso quotidiano e a fazer apelo ao mau comportamento versus os arrumadinhos sabichões. E numa nota pessoal, tinha o verso «He always beat me at Subbutteo/ c'os he flicked to kick and I didn't know!». Para amantes do jogo como eu era (e, er...sou), a coisa batia fundo.
Depois Feargal Sharkey, o vocalista, seguiu o seu caminho. Mas sobre isso não vale a pena falar, a sério.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Crónicas de uma bola oval
Portanto, deixai que vos conte, ó incréus: sábado foi um dia glorioso. Às 15 horas, vitória de Inglaterra contra a pobre Estónia num jogo penoso. E à noite...à noite, num Cais do Sodré dividido entre gauleses e saxónicos mais apoiantes de nações sortidas, no velho British Bar apinhadíssimo, lá estava eu. À minha volta, rapazes e raparigas vestidos com as camisolas que têm um galo no peito. Atrás, o lugar onde eu queria estar: cantava-se Swing Low Sweet Chariot (hino da selecção de rugby inglesa)e gritava-se C'mon england. Ao meu lado, Allez les bleus.
Entretanto, no ecrã mesmo por cima da minha cabeça, jogava-se o destino do mundo civilizado tal como o entendia naqueles 80 minutos. Jogo dificil, de medo mutuo e recuos e avanços. Só que a partir do intervalo tudo mudou: Wilkinson cresceu, as linhas atrasadas de Inglaterra desfaziam-se em gargalhadas cada vez que Chabal tentava uma investida e ao meu lado dois casais ingleses perguntavam-me se queria uma cerveja. A voz redobrou, cantei até ficar rouco e espero ansiosamente pela final.
Isto sabe particularmente bem quando se trata de uma selecção que foi desconsiderada desde o inicio (pelos próprios ingleses, de resto). Aqui na blogosfera nem se falou deles, com a minha pobre excepção, o que no minimo é estranho sendo a campeã do mundo em título. O desastre dos 36-0 contra a África do Sul também ajudou. Mas they're will always be an England, e os rapazes lá estão. Poderão perder (como racionalmente eu acredito),mas estarão lá, com bravura. Sábado, Paris ardeu. Pode ser que o incêndio não tenha sido extinto.
(e quanto a si, minha querida, deveria saber que basta um corte de cabelo decente e maneiras correctas de estar à mesa para segurar qualquer bárbaro iludido)
Portanto, deixai que vos conte, ó incréus: sábado foi um dia glorioso. Às 15 horas, vitória de Inglaterra contra a pobre Estónia num jogo penoso. E à noite...à noite, num Cais do Sodré dividido entre gauleses e saxónicos mais apoiantes de nações sortidas, no velho British Bar apinhadíssimo, lá estava eu. À minha volta, rapazes e raparigas vestidos com as camisolas que têm um galo no peito. Atrás, o lugar onde eu queria estar: cantava-se Swing Low Sweet Chariot (hino da selecção de rugby inglesa)e gritava-se C'mon england. Ao meu lado, Allez les bleus.
Entretanto, no ecrã mesmo por cima da minha cabeça, jogava-se o destino do mundo civilizado tal como o entendia naqueles 80 minutos. Jogo dificil, de medo mutuo e recuos e avanços. Só que a partir do intervalo tudo mudou: Wilkinson cresceu, as linhas atrasadas de Inglaterra desfaziam-se em gargalhadas cada vez que Chabal tentava uma investida e ao meu lado dois casais ingleses perguntavam-me se queria uma cerveja. A voz redobrou, cantei até ficar rouco e espero ansiosamente pela final.
Isto sabe particularmente bem quando se trata de uma selecção que foi desconsiderada desde o inicio (pelos próprios ingleses, de resto). Aqui na blogosfera nem se falou deles, com a minha pobre excepção, o que no minimo é estranho sendo a campeã do mundo em título. O desastre dos 36-0 contra a África do Sul também ajudou. Mas they're will always be an England, e os rapazes lá estão. Poderão perder (como racionalmente eu acredito),mas estarão lá, com bravura. Sábado, Paris ardeu. Pode ser que o incêndio não tenha sido extinto.
(e quanto a si, minha querida, deveria saber que basta um corte de cabelo decente e maneiras correctas de estar à mesa para segurar qualquer bárbaro iludido)