A PROPÓSITO DO FIM D'O INDEPENDENTE Recebi um ou outro mail que me pedia para pronunciar sobre O Independente; li alguns (bons) textos em blogues sobre o assunto; pediram-me para prestar declarações para dois artigos.
Claro que fiquei triste, apesar daquele jornal não ser há muito tempo o que me fez acreditar em alguma coisa. Devo muito ao O Independente, desde 1988: escrita e pensamento mais escorreito, o prazer de trabalhar com o Miguel Esteves Cardoso, o prazer de trabalhar com amigos. Saí para criar a Kapa, mas mesmo assim voltei à alma mater sempre que precisaram de mim. Tenho saudades, no sentido em que a saudade é um filtro de perfeição para um objecto amado. Não tenho nostalgia.
E fico-me por aqui, até porque nestas alturas lembro-me sempre de uma frase de Nietzche, que aplico também à impossibilidade da linguagem, e que dizia (escrevo de cor) que tudo o que é dito já está morto algures no nosso coração.
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