segunda-feira, março 12, 2007


«There used to be a me, but I had it surgically removed»: uma das citações mais célebres de Peter Sellers, aqui no Muppett Show, a recitar o solilóquio de Ricardo III («Now is the winter of our discontent...») com tuned chickens.

Regressa um herói pessoal, num dos seus mais célebres e citados filmes, For Scent-imental Reasons. Imperdível a gata que diz «Le meaow...Le rrrrrr» e a poderosa one liner «I am ze blacksmith of love».Dedicado à Teresa, cúmplice neste fanatismo.

Sinatra, um hino de Harold Arlen e Johnny Mercer (cantado pela primeira vez por Fred Astaire). Se a perfeição não é isto não sei o que seja.

domingo, março 11, 2007

POST LONGO SOBRE OS ASSUNTOS DO COSTUME: BOLA E INGLATERRA Apesar de não concordar na essência daquilo que o maradona escreve magnificamente a partir do post colocado um pouco mais abaixo (e que hoje, por estar mal disposto, não irei rebater), numa coisa ele tem razão: esta selecção dos golos de Gerrard não respeita o critério da «técnica», bem ao jeito dos países do Sul. De facto, para mim o golo nº10 é de longe o melhor (concorrendo seriamente com o golo marcado ao Olimpiakos, por ser um grande golo e por ser marcado ao Olimpiakos); o resto é uma sucessão de extraordinários remates, coisa em que Gerrard é pródigo e uma das suas melhores armas. Mas se escolhi este vídeo foi mais pelo caracter de tributo épico - que muito me agrada - do que pelos exemplos que ali são dados. Porque o que Gerrard é e vale como jogador não é ali visivel. Aqueles são os momentos pessoais em que tudo se cristaliza, a recompensa maior para o jogador. O que não se vê é a extraordinária entrega de Gerrard ao jogo e à equipa, carregando-a muitas vezes ao colo, sózinho. Lembro mais uma vez a exctraordinária final AC Milan-Liverpool, em que Gerrard fez com que a equipa recuperasse de um 0-3 para 3-3, ganhando o Liverpool no prolongamento.
Esta característica é, lamento, exclusiva dos jogadores ingleses. Mourinho percebeu bem, e o Chelsea vive de Terry e Lampard para suportar as aflições. Em mais nenhum país (ou futebol) do mundo existem jogadores com esta particularidade desde que nasceram. E isso, evidentemente, é mais um passo para a superioridade da Ilha, que pode não se traduzir em títulos (mas isso até o Scolari tem), mas traduz-se em saber e prazer de quem vê. Assim de repente, lembro que há pelo menos três clubes ingleses em fases finais de contendas europeias. Não me venham falar que é da globalização dos jogadores, porque me maça.
Por agora chega. Apetecia-me venerar Toby Flood (16 pontos contra a França, o destino ingrato de ser suplente de Jonny Wilkinson e tendo ele próprio acabado o jogo lesionado), por ter recuperado a esperança para a selecção da Rosa no Torneio das Seis Nações. Mas não o vou fazer, porque Portugal ganhou ao Uruguai.