sexta-feira, setembro 28, 2007

Something for the weekend
Só temos que agradecer à cidade de Sheffield tanto talento em tão pouco tempo. Mas o caso de Richard Hawley é diferente. Protegido de Jarvis Cocker, que literalmente o reabilitou para a vida, Hawley é um talento que estava à espera de acontecer.
Neste último disco, Lady's Bridge, o homem leva a sua adoração por Lee Hazlewood às mais brilhantes consequências. Exemplo: este excelente Tonight The Strets Are Ours, pop épico e à beira do lamechas. Revivalismo e não nostalgia, e do que acrescenta sempre.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Do que realmente muda a vida
No nosso calendário pessoal, a maioria dos dias permencem anónimos. Dias que passam por passar, que podem ter dentro começos, finais, amores e desamores mas que, pela lei darwinista dos afectos, se esvaziam dentro de outros dias.
Mas existem aqueles que sabemos de cor. Sentimos os cheiros, lembramos as cores, os jeitos, os gestos. Dias que realmente mudaram a nossa vida. Eu tenho três desses dias, todos com nomes. Hoje é um deles: o dia 27 de Setembro nasceu pela primeira vez para mim há exactamente dez anos, e chama-se Leonor.

domingo, setembro 23, 2007

Haja esperança
Em vez de andarem a perder tempo a escreverem canções que já foram escritas, estes rapazes fizeram tudo bem: uma boa melodia rock, refrão epidérmico e ironia a dar com um pau. Para o vosso prazer e visionamento, The Wombats, Let's Dance To Joy Division




(surripiado, como é hábito, daqui)
A salvação de toda a civilização tal como a conhecemos
Em véspera de mais um raid profissional a Londres, não posso deixar de mencionar A Última Legião, o mais recente excelente-mau-filme que vi. Baseado num airport book italiano, que mistura história com lendas arturianas, A Última Legião acaba por ser um filme de propaganda à Ilha (Britannia), ao depositar a salvação do mundo civilizado - o romano do Ocidente - na última legião fiel ao Imperador. Filme veículo para bons actores cabotinarem com gosto - no caso, Colin Firth e Ben Kingsley - , o flag waving atinge o paroxismo na já histórica cena em que a personagem de Kingsley, com as brancas falésias de Dover ao fundo, beija o chão e exclama: «Oh, my beloved Brittania». Confesso que chorei só um bocadinho.
Mas para os não-anglófilos, há esta razão, em baixo ilustrada:

Aishwarya Rai, a verdadeira queda do mundo ocidental.