sexta-feira, junho 22, 2007

Isto parece-me extraordinário.
Como é que dizia o anúncio? Ah sim, direito à indiferença. Pelos vistos ninguém tem lido muito o prefácio de Wilde ao seu Retrato de Dorian Gray. Ou numa hipótese mais remota mas reconfortante, talvez seja pela empresa ser francesa.
O conforto de ter razão, pelo menos de vez em quando
Adoro que me confirmem as minhas precárias idossincrassias e verdades absolutas do T2 aqui da rua. Por exemplo, como é possível sinceramente admirar o talento artístico de um sujeito e desprezá-lo profundamente pela sua óbvia falta de educação (e fiquem sentados, ó moralistas de esquerda, que «educação» não tem a ver com berço - tem a ver com serviços mínimos relacionais com outros seres humanos).
Se repararem na epígrafe deste blogue, depressa percebereis como correu a minha noite.

quinta-feira, junho 21, 2007

Elogio do ennui,3
Interpol, She Wants Revenge,Arcade Fire (sobretudo na versão «eu-sou-mais-Ian-MacCulloch-do-que-tu»), Editors, Bloc Party...Meu Deus,recolhei a casa: foi já tudo escrito e melhor.

terça-feira, junho 19, 2007

Dos posts inevitáveis.

«You shook hands with Sinatra.There's a code when you shake hands with Sinatra»

É certo que Ocean's 13 não é um grande filme: é aquilo que a rapaziada queria que fosse, uma fita de amigos que mimetiza, dentro e fora do ecrã, a relação dos membros do Rat Pack e sobretudo a arte perdida de viver em Las Vegas. Só que, na verdade, Ocean's 13 consegue ser o melhor da trilogia, tanto pelo argumento como pela fluidez e absoluta imersão de Steven Soderbergh no género heist movie e nas citações estéticas do cinema americano dos anos 60.
Para além dos suspeitos do costume já representarem por empatia (conseguindo reproduzir o efeito Sinatra: «'one take only', que ainda não me deitei»), o filme conta com um excelente Al Pacino e sobretudo com magníficas power lines, quase todas para a sua personagem (que desde Scarface está mais do que habituado às power lines).
A minha preferida, no entanto, é a que serve de título deste post. É dita pela personagem de Elliott Gould ao vilão Pacino, quando este o trai. Neste código de honra de Las Vegas (apertaste a mão a Sinatra, não podes trair um amigo) está incluída toda uma nostalgia de um tempo perdido (o do original Ocean's Eleven, quando Las Vegas era o centro do mundo) e uma reverência a quem mandava nesse mundo: o Chairman Of The Board.
Mas Pacino tem direito a duas grandes frases também: «I move, I move quick and when I do I slice like a hammer» e o fabuloso Don't make a maniac out of me». O mais engraçado é que os argumentistas foram buscar estas frases a um famoso personagem de Las Vegas, que realmente as disse. É famosa a diatribe do cantor Paul Anka (criador de My Way) contra os seus músicos no fim de um concerto que correu mal. E é nesse contexto que as frases foram ditas. Podem ouvir a raiva de Paul Anka na íntegra aqui.
Viva Las Vegas!

segunda-feira, junho 18, 2007

Concordo absolutamente: os festivais de 2007 têm óptimos elencos,
mas eu é mais este:

É que é um luxo. E como se não bastasse, o melhor vocalista de jazz (na opinião deste vosso criado) vai estar por cá. Kurt Elling, cidadãos. Kurt Elling. Depois digam que ficaram com as vidinhas mais pobres.

domingo, junho 17, 2007

A todos os que me têm perguntado,
eis a resposta: receio bem que seja verdade.
Por vezes compensa uma pessoa passar por witty uma vez na vida.
A verdade é que o prazer foi todo meu.