Something for the weekend.
A fase Little Man Tate continua (mas há-de passar, não se preocupem). Agora é a vez de What? What You Got?, mais uma grande canção sobre pessoas que todos conhecemos.
sexta-feira, julho 06, 2007
quarta-feira, julho 04, 2007
Em modo mais do que repeat na grafonola caseira
Os espantosos Little Man Tate e o continuar de uma grande tradição do escárnio e maldizer do rock: Man I Hate Your Band. Diz a lenda que a canção é sobre os Artic Monkeys (o que é algo injusto, sendo os AM a melhor coisa que aconteceu ao puro rock desde há algum tempo para cá). Seja qual for a verdade: grande canção, grande álbum (vão ao site, vejam o vídeo de This Must Be Love e sobretudo de What? What You Got?),pequenas grandes crónicas destes moços de Sheffield que usam orgulhosamente o seu sotaque como uma arma. O futuro do rock? Nem por isso. Apenas uma banda com boas canções e muito humor.
Os espantosos Little Man Tate e o continuar de uma grande tradição do escárnio e maldizer do rock: Man I Hate Your Band. Diz a lenda que a canção é sobre os Artic Monkeys (o que é algo injusto, sendo os AM a melhor coisa que aconteceu ao puro rock desde há algum tempo para cá). Seja qual for a verdade: grande canção, grande álbum (vão ao site, vejam o vídeo de This Must Be Love e sobretudo de What? What You Got?),pequenas grandes crónicas destes moços de Sheffield que usam orgulhosamente o seu sotaque como uma arma. O futuro do rock? Nem por isso. Apenas uma banda com boas canções e muito humor.
terça-feira, julho 03, 2007
segunda-feira, julho 02, 2007
Petite histoire
Um dia conheci uma mulher que muito admiro. Ela é cantora de tango e antes disso foi psiquiatra. Conversámos longamente , sobre tudo e sobre nada, mais do que seria suposto para duas pessoas que se encontravam pela primeira vez. A dada altura, falámos sobre Portugal e o que seria parecido com ser Português. Eu, incrédulo por estar a falar tanto sobre tudo e sobre nada com uma mulher que muito admiro, caí nos adjectivos do costume, entre os quais se contava «melancólico». Dando rapidamente conta do erro, tentei repará-lo de forma ridícula, num misto de estupidez e vaidade, pessoalizando-o: «Eu também sou melancólico», disse.
Ela olhou para mim, com uma suave condescendência e disse, como quase todas as mulheres com quem me cruzei na vida, que eu «não tinha razão». Melancolia é uma doença, uma patologia do foro psiquiátrico. Eu seria antes «nostálgico», o que não é o mesmo.
Nunca mais a vi. Mas acreditei nela, e se ainda hoje me lembro desta história não é por se ter passado com uma psiquiatra, mas com uma cantora de tango.
Um dia conheci uma mulher que muito admiro. Ela é cantora de tango e antes disso foi psiquiatra. Conversámos longamente , sobre tudo e sobre nada, mais do que seria suposto para duas pessoas que se encontravam pela primeira vez. A dada altura, falámos sobre Portugal e o que seria parecido com ser Português. Eu, incrédulo por estar a falar tanto sobre tudo e sobre nada com uma mulher que muito admiro, caí nos adjectivos do costume, entre os quais se contava «melancólico». Dando rapidamente conta do erro, tentei repará-lo de forma ridícula, num misto de estupidez e vaidade, pessoalizando-o: «Eu também sou melancólico», disse.
Ela olhou para mim, com uma suave condescendência e disse, como quase todas as mulheres com quem me cruzei na vida, que eu «não tinha razão». Melancolia é uma doença, uma patologia do foro psiquiátrico. Eu seria antes «nostálgico», o que não é o mesmo.
Nunca mais a vi. Mas acreditei nela, e se ainda hoje me lembro desta história não é por se ter passado com uma psiquiatra, mas com uma cantora de tango.