A DIGNIDADE DA ALMA E VAIDADE DA VIDA
Quem pudesse mostrar o que tem na alma
Pera desenganar em tudo a vida!
Mas não sinto ninguém que trate da alma
E todos a esperança põem na vida.
O Céu é o verdadeiro lugar da alma,
E à terra basta dar-lhe o corpo e a vida,
Pois não podem ter fim os males da alma,
E passam, como sombra, os bens da vida.
Se queremos saber o preço da alma,
Vejamos que pôs Deus por ela a vida,
E viveremos n'Ele, Ele em nossa alma.
O mundo é sonho vão que enlêa a vida.
Quem nele está melhor, tem pior alma,
E quem o desprezou tem alma e vida.
Sonetos, Frei Agostinho da Cruz
3 comentários:
Insónias? Bjs
Tenho uma dificuldade enorme, em achar algum sentido nesse soneto. Perdoa-me.
Não é caso para perdoar, Darcy.
Enviar um comentário