A PROPÓSITO DE CAMUS Não compreendo bem as leis que regem as «redescobertas» ou as «releituras» que subitamente atacam muita gente. Sei é que me submeto a elas, primeiro pensando ser original e depois descobrindo que meio mundo anda a fazer o mesmo. Foi o que aconteceu com Camus: acabei de reler O Homem Revoltado, voltei ao O Estrangeiro e reparo pela blogosfera que são vários os que discutem o mesmo. Até um cantor de jazz que entrevistei na passada semana me falava d'A Peste.
Bom: eu não sou suspeito de modismo . O Estrangeiro sempre foi um dos meus livros favoritos - embora tenha passado de um existencialismo do absurdo para uma perspectiva mais Greeneana das coisas -, e um paper que fiz no meu primeiro ano de faculdade, para a cadeira de Inglês (!) está em casa para o provar. O que me levou a procurar a banda sonora do tempo, onde claro, estão os The Cure, com Killing An Arab. O que não vem na letra é o sussurro de Robert Smith, quando diz "I'm Mersault". Nesses anos, todos o éramos.
Sem comentários:
Enviar um comentário