«Here we are now, entertain us»
Estive atento às notícias sobre o festival literário de Paraty, quer através desta magnífica blogo-reportagem, quer através da Mónica (que atravessa o Atlântico as I write para contar mais). A razão era simples: queria saber o que iria dizer (e como o iria dizer) aquele que provavelmente é o meu escritor vivo preferido: J.M. Coetzee. Ao que parece, o senhor limitou-se a debitar passagens dos seus livros durante uma hora e foi-se embora manifestamente entediado e de mau humor, para «decepção» de quem o foi escutar. Pura ingratidão, quanto a mim. Não percebo porque é que, quando se trata de génios ou de alguém que admiramos, tendemos a retirar-lhes apressadamente a sua natureza humana.