terça-feira, maio 24, 2005

ARQUELOGIA DO CORAÇÃO Num velho caderno negro da Ambar - vivia-se na era pré-Moleskine e não tinha dinheiro para o divino topo de gama, o correctíssimo Smythson, de Bond Street -, enfim, num caderno antigo encontro esta nota de personagem para um romancete que na altura estava convencido que escreveria:

«R. - A que precisa de ser amada.Morena, com lábios de boneca, olhos rasgados e longos cabelos negros, foi na verdade a úinca mulher bonita que teve a sorte de amar e ser amado. Foi o olhar desamparado e a oferta de amor que o cativou. Hoje tem a certeza que podia ter sido apenas mais um.Tinha verdadeiro prazer em ser amada e gostava de o partilhar com o maior número possível de pessoas»

E qual o modelo, que se perdeu ? Adoro estes enigmas que cuidadosamente nos colocamos a nós mesmos durante a vida, para um qualquer arqueólogo de afectos um dia decifrar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Major, larga essa vida e volta para o RITZ

Anónimo disse...

Ou, não precisa largar essa mas, volta para o RITZ (risos).