DISCOS DO ANO O sempre atento e felizmente comprometido espectador contesta ao de leve a minha escolha de Want One, de Rufus Wainwright, para disco do ano. Eu percebo: o ano ainda não acabou, e houve certamente mais discos. Mas estas coisas, na música pop, valem o que valem. Onde se lê:"o melhor disco do ano", deverá ler-se "o melhor disco do ano da semana". O tempo é que se encarrega do resto.
Agora, que o disco é bom, é. Não sei se é melhor do que Poses. Mas sei que a sua beleza vem por ser precisamente o pós-estado de graça. Depois de Poses (soberbo, lembre-se) , Wainwright ficou famoso e perdeu-se. Este espantoso renascimento - mesmo com camp à mistura, o que eu não concordo - é a prova de que ali há solidez. E, incrivelmente, a escrita do homem melhorou.
E já que estou a falar do excelente espectador, aconselho vivamente a leitura do seu post sobre o 5 de Outubro, a democracia e a sua chegada.
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