E PARA ACABAR POR HOJE Mais dois pequenos poemas (parece que fiz alguns convertidos à nova poesia irlandesa). Este é de Rita Ann Higgins, e é uma espécie de contraponto aos que citei em posts anteriores
IT'S PLATONIC
Platonic my eye,
I yearn
for the fullness
of your tongue
making me
burst forth
pleasure after pleasure
after dark
soaking all my dreams
Este outro reencontrei-o na exemplar recista de poesia As Escadas Não Têm Degraus, que teve efémera existência e que tinha como coordenadores João Miguel Fernandes Jorge e António Feijó. Neste número, por exemplo, havia traduções de Yeats, Homero (por Maria Helena Rocha pereira), Beckett (por Miguel Esteves Cardoso) e muitos autores portugueses. Como António Manuel Pinto Cabral:
RECADO AOS CORVOS
Levai tudo:
o brilho fácil das pratas,
o acre toque das sedas.
Deixai só a incombustível
memória das labaredas.
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